sábado, março 31, 2007

Há mais amor, há mais paixão

Pequenas coisinhas, nas quais participo e têm a sua piada. Falo da música, claro. Para quem não gosta deles, dos The Gift, faço coisas giras com eles. É sempre bom ter espaço para mais e nunca pôr de parte nada. Nunca se sabe se não sai algo giro ou se aprendemos algo "novo", diferente, porque fazemos parte dele, do projecto. Gosto deles, como músicos e como pessoas. Gosto da sua entrega e da sua paixão. São os "ingredientes" que fazem a diferença entre as massas.

O link, para ouvir a música. Na qual, humildemente, participo e já se tornou algo que faz parte da minha vida, os The Gift, aconteça o que acontecer.

http://www.caixafa.pt/CaixaFA/Homepage/default.aspx

"A Pain That I'm Used To"

Milão já lá vai, Veneza também. Foram dias amorosos, companhia agradável, contudo, um pouco afastados da realidade. Pelo menos de parte dela. Felizmente, a realidade, a minha realidade, tem sempre alguma constância, que está sempre presente.

Chegados já há uma semana a Lisboa, a constância tem marcado a sua presença e a parte menos "constante" da realidade também: a massa humana. Termo usado por uma amiga constante, ainda que muitas vezes distante, fisicamente, mas que só a sua companhia durante escassos minutos, dá-me um extra de constância à minha vida, à minha realidade. Realidade que é só minha e de quem dela "conseguir" fazer parte. É crua, é dura, é firme, é honesta, é sincera, é ingénua, é abrangente, está, de facto, cheia de gente e, ainda assim, por vezes, sinto que tem alguns vazios. Vão aparecendo. E, mais curioso ainda, não sinto vontade de preenchê-los novamente. Há coisas que é suposto não fazerem parte da minha vida e, se constantemente reparar na sua inconstância, algo está mal. E, como hoje pensei, poucos minutos depois de sair da cama, "tudo se dissolve, tudo se resolve".

A tal massa humana, da qual faço parte, deixa-me desolada. Estranho, pois nunca tive grandes ilusões sobre a mesma. O que não impede que hajam momentos de desolação. Em que me apetece pegar num dos buracos, dos meus vazios e escapar para outra realidade. A nossa massa humana, no geral, está podre, amorfa, pervertida, pútrida, cheia de defeitos e vícios. Vislumbram-se alguns sorrisos sinceros, alguns olhares esperançados mas, a dada altura, todos passam por momentos de desolação. Que, felizmente ou infelizmente, depende do ponto de vista, podem levar a momentos de crueldade, muitas vezes, sinónimo de sinceridade, de verdade. "Sad but true", alguém canta, certo?

Bem, então é assim. É verdade, é triste, mas é verdade. É a minha verdade. Digo-o não porque alguém mo disse, " tua verdade", mas porque um filósofo contemporâneo chamado "George Costanza" disse- "se acreditares, é verdade". Concluo também que, sou uma Elaine Benes e que me sinto tentada a ser assim a toda a hora - curta, directa e fria. Não nasci para reproduzir frases saídas de "bolinhos da sorte" do restaurante chinês. Ou do horóscopo. Como qualquer estrangeiro esperto, podia ter conversas infindáveis com toda a gente, usando simplesmente a palavra "pois" e acenando a cabeça de vez em quando. Só que os estrangeiros espertos, normalmente, estão cá de passagem, de férias... E eu, vou estando cá mais tempo... Pois é...

O que é esta lengalenga toda? Estes textos enooooooormes que eu escrevo, por vezes em letras pequeninas que custam tanto, tanto a ler... Não é nada. E é tudo. É aquilo que cada um quiser. É interpretado, ajuizado como quiserem ou é simplesmente mais um texto fastidioso que eu teimo em escrever. Com tantas imagens, filmes, vídeos, frases feitas, frases curtas, citações, letras de canções, fotos que podia cá meter, insisto em escrever o que me vai na alma. "Vale sempre a pena quando a alma não é pequena". Aí está, uma frase mais do que refeita, mas que ilustra bem o meu estado de espírito, o meu ser. E eis que me pergunto, será que vale mesmo a pena?

Não, ainda não. Felizmente temos um mapa do mundo, com tantos sítios para ir e, quem sabe, não voltar. Pois no fim de cada dia, resta-nos a nossa consciência e os nossos medos. Estejamos nós sozinhos ou com alguém ao nosso lado. E isso, não muda, estejamos nós aqui ou em qualquer lugar. É a chamada bagagem, vai sempre connosco. E, guess what? Não há limite de bagagem, nem formatos fora do normal. Cabe tudo. A solução? A dada altura, é necessário começar a "perder" alguma bagagem.

Sinto-me muitas vezes desolada. O que vejo, é feio. O que sinto,repulsa. O que faço quanto isto? Nada. Nada. Nada. Sinto-me "iniquamente" roubada". Procuro e não encontro "os meus pares". Vejo teatralidades, falsas moralidades, milhentas verdades. A verdade e a mentira, o bem e o mal, totalmente distorcidos. É um jogo e cada jogador joga com estes "artifícios" consoante lhe convém. Entrego-me e julgo estar na mesma direcção e nada. Estupidez minha? Muita. Mea culpa. Mas... Bene, va bene. Como não consigo entender-me nestes joguinhos de verdade e mentira, escolho a "consequência". A verdade, fica para os verdadeiros. São poucos e chegam. A consequência, reduzir-me ao "pois" com a restante e imbatível maioria . Um dos meus termos preferidos na língua portuguesa, desde já algum tempo. Mas tem estado guardado no armário, como "a peça de roupa para aquele momento". Só que, afinal, são momentos, não o ou um momento. Keep it simple stupid, digo eu tantas vezes. E eu, não o tenho feito. Por isso, a partir de hoje, só light, very light. Uma enciclopédia de frases feitas e perfeitas. You name it, I smoothly shoot. "estou tão triste" - comentário - "deve ser do tempo, nunca mais vem o verão". "não aguento mais isto" - comentário - deixa estar, isso passa. Vais ver que as coisas mudam." "já não caibo na roupa" - comentário - se deixasses de comer que nem uma porca e mexesses esse rabo! - oops, enganei-me. "é normal, deve ser da pílula. Ou genético. Pareces um passarinho a comer..."

Bem, agora vou eu comer. Uma feliz constância na minha vida, a comida. Também tenho um gajo de meias, boxers e camisola de lã, no sofá e com um prato com salada. Agrada-me. Faz parte da minha bagagem, da minha verdade. Afinal, não é tudo assim tão mau. Já não me sinto tão desolada. Engraçado...com ele, as frases feitas soam sempre perfeitas. É tudo tão simples, tão nítido. É uma "ensalada" - género musical - com um pouco de tudo - frases dramáticas, frases feitas e muito humor negro à mistura. E resulta. Enquanto durar, esta ensalada, sentir-me-ei descansada. "Graças a Deus!" :-) E vou dançar um pouco! DJ! Playing The Angel - D.M

domingo, março 18, 2007

Milan,oh! Madrid,Chicago, Paris.


«I searched and searched again. I turned around to see if you were looking back. I saw your eyes and fell in love."

Como bem canta o nosso Jay-Jay Johanson, sobre estas cidades, chegou a vez de Milão. Por isso, amanhã, Milão here we go! E para vocês que cá ficam, uma cantiga, de escuteiros, ligeiramente alterada:
1 Milão, 2 Milões

2 Milões, 4 Milões

Baci

quinta-feira, março 15, 2007

Dar a cara contra a homofobia - FYI

Estava num dos sites do BE e achei interessante. E como tem a ver com a Polónia e não tarda, lá estarei...

Arrancou na Polónia mais uma campanha contra a homofobia, levada a cabo pela ONG polaca Kampania Przeciw Homofobii. Há uma semana atrás foram espalhados por toda a Varsóvia, e pelos media, grandes posters, onde apenas se podia ler, em letras garrafais: “Estás a olhar pra onde, ó maricas?” e “Estás a olhar pra onde, ó fufa?”. Fundo preto, nada mais. O espanto gerou-se. Hoje, o segredo foi finalmente revelado.

Os cartazes foram substituídos por dois outros, com a foto de um activista em tamanho real (homem ou mulher, consoante o caso), sobre a qual se pode ler: “Maricas. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.” e “Fufa. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.” A ideia é ser simples. Não se usa um termo complexo como homofobia, mas sim as suas implicações reais em quem o sente. Os “insultos” utilizados pretendem ilustrar a homofobia diariamente sentida, ainda que sob diversas manifestações. A expressão “O ódio magoa.” expressa as ramificações do discurso do ódio e da violência, “dando uma cara” às vítimas – nas quais geralmente se pensa em abstracto.

Os rostos da campanha são dois activistas da ONG, homossexuais e polacos. Nada mais directo, portanto.

Note-se que a Polónia tem um longo historial homofóbico, não cumprindo sequer as exigências da UE no que se refere à discriminação com base na orientação sexual.Ainda este mês o presidente polaco Kaczynski afirmou, durante uma visita de Estado à Irlanda que “o aumento da homossexualidade levaria ao desaparecimento da raça humana”.

A parada gay foi proibida na Polónia durante dois anos seguidos (2004 e 2005), alegando-se que “a promoção pública da homossexualidade” não devia ser permitida. Foi finalmente autorizada em 2006, mas só após o assunto ter sido levado ao Tribunal Constitucional. Ainda assim, foi marcada para o mesmo dia uma contra-manifestação do partido da Liga das Famílias Polacas (em coligação no Governo). Anos atrás, uma manifestação deste cariz, à qual se juntaram grupos de skinheads, terminou com grande violência e agressões aos manifestantes.
Num ambiente hostil como a sociedade polaca, dar a cara numa campanha destas, sendo cidadão polaco, não é tarefa fácil ou isenta de riscos. Todo o apoio que lhes possamos nunca será, por isso, demais.
http://www.gregswarsaw.blogspot.com/

Adoro bébés!


Dos outros, claro. Por enquanto. Mas os dos outros, irei sempre adorar, como se fossem parte de mim. E por isso, estou tão contente! O Rodrigo e eu, vamos ser padrinhos desta fofura... É a Teresinha II e vai passar a Teresinha I! Porque só ela poderá fazer os números 1 e 2, no nosso colo e fará com que sintamos prazer ao limpar a sua parte traseira! Felizmente não cheira...como dizia o outro.
Não é linda? E também chora! Não é lindo, também?! Música sem necessitar de comando, pilhas, ou mp3? De repente, começa a tocar?
Espero que aquelas perguntas sobre como é que eu nasci, não calhem num fim de semana em que ela esteja connosco!!!! :-) Se não, digo-lhe que veio numa promoção da Optimus ou num pacote de um produto de internet, de banda larga. Muito larga... Este meu sentido de "amor"...um dia destes, sai-me caro.
Obrigada, mamã. Já está na minha lista como: rodear-me de pessoas lindas e ter pessoas lindas que também me acham linda e me querem nas suas vidas...

quarta-feira, março 14, 2007

A lista

Pelo menos nos filmes e nas séries, todos têm uma lista de coisas que querem fazer, antes de morrerem. Alguns começam a fazer a lista, quando sabem com alguma ou bastante precisão, o tempo que lhes resta. De todas essas listas, a que achei mais "engraçada" até agora, é a da série "My name is Earl". Fantástica série, para quem tem realmente sentido de humor. Em suma, ele passa a vida a fazer porcaria a tudo e todos, certo dia, ganha a lotaria mas, logo a seguir, é atropelado. Karma! Pensa ele. Aconteceu-me algo positivo, fui logo castigado. E então, decide fazer uma lista de pessoas a quem prejudicou e corrigir os seu actos, utilizando o dinheiro que tem para o conseguir. A lista é grande, e os danos causados são muitos.

Anyway...decidi que a minha lista ia ter outro formato. Acho que é bom termos uma lista (excepto listas de supermercado em mãos de pessoas confusas, que não se entendem, que nem conseguem escolher um só tipo de pão para levar....). A minha lista funciona da seguinte forma: tal como todos nós, ou quase todos nós, pois há quem seja tão dormente que a sua lista resume-se a: carro, trabalho, família e um plasma. São muitos, os plasmahólicos... Bem... Vou seguindo a minha vida e, à medida que encontro coisas que gostava muito, mas muito de fazer ou ter, ou ver, ou conhecer, sentir, whatever e se estiver ao meu alcance (i.e, não vai desquilibrar a minha vida), faço. E depois de feito, ponho o seu nome na lista. E assim, começa a minha lista.

Não acham mais motivante? Mais rejuvenescedor? Mais fácil? E a lista, estará sempre completa. Porque a lista, são as coisas que conseguimos fazer e não as que gostávamos de fazer e não conseguimos. Assim, posso ter 3 coisas na minha lista e guess what: boa! Estão as 3 feitas. E a lista não tem fim, mas sim "um fim", aproveitar a vida consoante podemos e com o que temos ao nosso alcance. Sim, porque eu também gostava de ter um Chef particular e pedir-lhe coisas trabalhosas a meio da noite ou do seu dia de folga!!! Mas, sejamos sinceros, é mais fácil aprender a cozinhar e olha, de vez em quando lá sai algo digno de um Chef. Ou então, porque não ter um amigo ou um familiar que saiba cozinhar? Ou um sogro que seja Chef?!!!!! :-) Ah! Até tenho um sogro assim! Já viram?

A nossa vida continuará a ter ilusões e desilusões... É verdade. Mas eu, tento fintá-la quando posso. Quando não consigo, olha, era dia de ficar em casa. Hoje, penso eu, faleceu uma jovem de 24 anos, prima de uma amiga. Estava a concretizar os seus sonhos, a concretizar a sua lista. Segundo a minha amiga, ela tinha muita energia, estava nos paraquedistas, em Tancos, estava a acabar o 12º e tinha a sua mota. A mota avariou, veio a Lisboa buscá-la, após a reparação, teve um acidente e...no local. Tinha a sua vida pela frente. Não temos todos? Serão os 24 anos dela simplesmente um começo de vida. No meu entender, conseguiu fazer coisas, uma listona, que muitos de nós, aos 70 anos, não iremos fazer. Porquê? Força de vontade, comodismo, desculpas esfarrapadas, vivemos em função dos outros, perdemos a vontade de viver, somos zombies sem dar por isso e não temos tomates para lutar contra a probalidade de algo acontecer, em nosso favor. É pena.

Não a conheci e não deveria estar, parece-me óbvio, destinado conhecê-la. Mas acho que teve uma vida cheia, que os seus 24 anos não foram contados como os de muitos de nós. E também sei, que mesmo que os seus o vejam desta maneira, perder alguém que se ama e que se quer muito, dói... A todos nós que já perdemos alguém, vivo ou morto, a vida continua. Como? 1º, sofrendo, o resto da vida, depende de cada um. Eu, "I'll do it my way". E logo se vê o que acontece. É tão giro, escrever e falar sobre as coisas...

domingo, março 11, 2007

Mind the Gap - FYI





Presumo que, não sabendo algo, que mo perguntem ou pesquisem, se estiverem interessados... E eu não sou, garanto-vos, uma enciclopédia, nem o Professor Patinhas, nem os gajos do programa - "Follow me". O que eu escrevo é só para entreter a minha mente. E se alguém quiser conversar, força. Acho que a maior parte de vocês, não comenta. Acho que alguns têm medo. Anónimo, é uma boa opçãp. E havendo diálogo, também é giro. Aposto que não concordam com 70% das coisas que eu digo. Mas isso não interfere na nossa amizade ou comunicação com outros desconhecidos que cá passem e comentem. Não estou a ensinar nada. Seria cá de uma arrogância... Tão pouco sei eu sobre as coisas infinitas que este mundo alberga. Daí o blog, com os porquês e a troca dos B's pelos V's. É uma espécie de Bai e Bem!

FYI
O "Mind the gap" é uma frase popularizada no metro de Londres. Surgiu, segundo informações recolhidas, em 1969, para avisar os passageiros para a falha existente entre a porta do comboio e o desnível da plataforma da estação. Na maioria das estações, a própria frase está pintada a amarelo no chão. Para os mais desatentos, é repetida interminavelmente, sempre que um comboio se aproxima da estação. (é o círculo vermelho na imagem, com a frase no meio do dito). Acabou por tornar-se uma marca, "Mind the Gap". Quem já foi a Londres e quem está para ir, constata isto num segundo.

Também dava jeito, termos um sinal destes. Lembro-me de ter 7 anos e de ir de metro da Rotunda a Arroios, para ter aulas na A.Française e numa das vezes, hora de ponta, 18.30h, algo assim, eu, pequenina, fui arrastada pela multidão e o meu pé ficou preso entre o metro e a plataforma. Não queiram imaginar a minha aflição. Mind the trap! :-)
p.s - graças à giraça da Inês, jantar fenomenal ontem. Dim-sum, comida chinesa a vapor, do "best". E em conta! :-) - 8.50, cada? Pequenas coisas como esta, dão-nos vontade de viver e COMER! Já volto...

sábado, março 10, 2007

Antes do outro cd, quero este candeeiro...


Quem quiser oferecer-mo pelos meus anos...deste ano...o lugar garantido que tinha no meu coração, ficaria ainda mais garantido. Expulsava uns gajos de lá, do meu coração e o espação que ficava seria só seu... Pensem no assunto. Não é todos os dias que alguém nos oferece o seu coração, para sempre...

p.s - só tão generosa. Ai... e a música do Craig Armstrong, "let's go out tonight" com o Paul Buchanan a cantar... arrepia-me. E lembra-me o candeeiro!O ambiente perfeito numa sala enorme: esta música, algumas almofadas, e o candeeiro. Someone make me uncontrolably happy... please

COMPREI A OST DA "SIX FEET UNDER"!!!

E estou em pulgas!!! As saudades que eu tenho desta série... Ontem tive que comprar o 1º cd da série e o cd final, do fim da série, compro mais tarde. Este ainda não está gasto!!! Lamb, Stereo MC'S, PJ... Estou tão contente. Alguém está mais contente?! Não? Bem me parecia... :-)

quinta-feira, março 08, 2007

8 de Março - Mind the Gap

Poderia ser a agenda de concertos de um grupo português. Mas não é. Mind the Gap, entre os homens e as mulheres, em todo o mundo e não só com a vossa pessoa ou "amigas de quem gostam tanto", mas a quem não ligam puto o resto do ano. E o mesmo para os homens. Esses que também têm muitas amigas, especialmente no Dia 8 de Março. Deve ser o dia oficial e legal, para os homens lançarem "piropos" a todas as mulheres, pois é o dia delas. Das gajas...

Muitos sms's pirosos recebi eu e alguns mails. E, desculpem-me, que desperdício do meu tempo, ao apagá-los imediatamente, sem os ler. Também, caso os queira ler, basta ir a um site de uma empresa de telecomunicações e reenviá-lo para myself. O único que li e não apaguei, foi de um homem, de um amigo, que enviou um sms, com as suas palavras e para mim. Não para todas "as suas amigas tão especiais que tornam a sua vida abençoada"...

Mind the Gap! Se existe um dia da Mulher, é porque algo está mal.

Ontem, quando me deitei, era mulher. E hoje, quando me levantei, continuava a ser mulher. Acho eu. Pelo menos estava tudo no mesmo lugar. E nos últimos 31 anos, o mesmo se passou. Mas não tenho recebido muitos sms's, excepto no dia 8 de Março, a falarem sobre isso. E já agora, o que é que há para falar? De acordo com esses ditos sms's e mails, nada! Só bosta... Recebo sms's de pessoas, de mulheres (dizem-se elas, grandes mulheres), a meu ver, submissas, oprimidas, rejeitadas, enganadas, iludidas, deprimidas, escravas dos desejos dos seus mestres (ausentes, presentes ou zombies). Não me levem a mal, ladies. Mas, "Nunca percas a tua essência. És mulher e isso basta para seres especial. Feliz dia da mulher." Um pouco "nabo" e "fútil"?

Porra! Em certos países, ser uma mulher é quase uma maldição para estas. Não! Não basta ser mulher. Eu nasci mulher, isto é, do sexo feminino. O resto, tem a ver comigo, com o que faço da minha vida, no meu corpo de mulher e como ser humano, com direitos e deveres. E caso me impeçam de usar dos meus direitos e deveres, por ser mulher, isto é, ter uma vagina, mamas e o cromossoma errado, tenho que lutar contra isso. E se na rua acima, o mesmo acontecer com outra pessoa, é meu dever ir ao seu encontro e apoiá-la. Feminismo? Não! Não sou, nem nunca serei feminista. Não cá em Portugal, pelo menos. A quantidade de "Virgens suicidas" que eu conheço e que estão mortas para se tornarem "Donas de Casa Desesperadas"! E com os sms's que enviam, querem dizer o quê?
Não quero ser aceite ou tolerada, ou preencher contingentes especiais. Sou mulher, mas, acima de tudo, sou uma PESSOA, um INDIVIDUO, tenho ideias e vontades próprias, que não são definidas pelos meus órgãos genitais. Se bem que, vivendo nesta parte do mundo, tenho sorte em ter órgãos genitais.

Bem, pois metam mais dias na vossa agenda, além do 8 de Março, minhas criaturas, com passarinha ou não. Para pensarem nas mulheres. E na outra quantidade de gente que é excluída por mil e uma razões. Escolham vocês uma "causa", e façam alguma coisa. De facto; não para "inglês ver". Não basta usar uma pulseirinha com um logo de uma instituição. Enquanto nós trocamos sms's, dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres e 80% dos refugiados, são mulheres e crianças.

Ajam. Se contarem o dinheiro que gastaram em sms's, poderia servir por um donativo de 5 euros para a Amnistia Internacional. Se estes foram de borla, ainda melhor. Talvez tenham em vez de 5, 10 euros!!! E o que é que se pode fazer com 5 ou 10 euros? Muita coisa... O quê? Informa-te e aje! Sê verdadeiramente uma mulher ou um homem, ou como eu prefiro pensar, um ser humano decente e empático, solidário.

Ou seja, sê um ser de acção e contribui para a evolução da vida de outra pessoa. Aos poucos e poucos, serão menos os desfavorecidos. Com sms's e mails aborrecidos e nada criativos, os outros continuam cada vez mais desfavorecidos e nós, ou eu, fico simplesmente entediada e lixada com a quantidade de lixo que recebo no mail ou no telemóvel. Agressiva? Não. Honesta. Sejam solidários. Termo tão gasto que acaba quase, quase, por perder o seu verdadeiro sentido. Deveria haver o dia da "Boa pessoa". Será que todos iriam enviar mensagens a todos os seus amigos? "És meu amigo, logo és boa pessoa. E vice-versa, claro. Por isso, reencaminha e terás toda a sorte do mundo, se o fizeres nos próximos 5 minutos. Se não o fizeres, irás arder "no quinto dos inferno".

O que é que eu faço para contribuir para a evolução das pessoas, no geral?

Algumas coisas. Não vos digo quais. Não costumo publicitar o que faço, para receber elogios ou ovações de outros. Além de fazer de "palhaço e entertainer e confidente" de alguns de vocês", pobres coitados... (com algum sarcasmo, mas se faço o que faço é porque quero) fossem os nossos problemas os do "resto do mundo" (resto apesar de serem a maioria) e seria tudo tão mais fácil. Por isso, além de palhaça de serviço, faço outras coisas. Mas ainda posso, devo e quero fazer mais. Passados alguns anos a arrumar a "minha casa", chegou a altura de ajudar os outros. Ajudar a nossa família, é nossa obrigação. Desde que valha a pena. Para mim, é discutível. Ajudar os outros, isso sim é ir mais longe. Se família é obrigação, então isto seria boa vontade, por escolha, por dever, por "necessidade" e reconhecimento do nosso papel no mundo.



  1. Morrem, em média, 6.3 milhões de crianças por ano, por fome, mais outros 13 milhões antes de atingirem os 5 anos de "vida". Vida... As causas da morte, muitas evitáveis? Um exemplo: diarreia. Patético, não é? Morrer de diarreia. Bem, nós cá também ainda morremos de tuberculose...
  2. Mais de 500.000 mulheres morrem, por ano, durante a gravidez ou parto, e 99% das mortes ocorrem em países em vias de desenvolvimento.
  3. 1 milhão de pessoas morre por ano de malária e mais 2 milhões de pessoas morrem de tuberculose. Estima-se que entre 34 a 46 milhões de pessoas vivem com SIDA/HIV e entre 2,5 e 3,5 milhões de pessoas morreram de SIDA em 2003. Os números no nosso país crescem e guess what: entre os heterossexuais...
  4. Um dos Objectivos do Milénio (não sabem o que é isto, deveriam saber. Tem a ver com todos, estamos todos lá incluídos), é alcançar o ensino primário universal. Adivinhem qual o género mais afectado?

Poderia continuar por aí fora. E, já agora, tal como eu apago os ditos sms's e mails, sem os ler, também podem não ler isto. Afinal, "amanhã, vai ser outro dia" e existem blogs mais interessantes, com duas ou três frases e muitos vídeos e fotos para ver. E todos aqueles sites para juntarem e "angariarem" amigos. E já agora, dia 19, é dia do Pai! Lembrem-se: cortei "ralações" com o meu Pai. À sua custa, nunca esquecerei a pomada Hirudoid. Mas não me tornei um andróide, felizmente. Tive sorte? Alguma. A sorte conta, nesta vida. Mas suei as estopinhas para ser quem sou... E com isto quer dizer, ser quem eu quero ser. Como é que falo destas coisas assim, sem mais nem menos? Não fiquem horrorizados. É a realidade. É a vida, é o lidar com as coisas, passo a passo. Já agora, dozes passos, não chegam, como dizem muitos dos programas de auto-ajuda.

Se a vossa vida for muito pesada, salvando a vossa, já fizeram muito. Mas por vezes, basta ter 5 minutos para ouvir uma senhora na paragem do autocarro, ou a vizinha de baixo, ou um(a) amigo(a). Perguntam-me como é que tenho paciência? Chamaram-me "promíscua" nas amizades (essa foi tão cómica, mas triste ao mesmo tempo. Que falta de confiança nas pessoas, mesmo nas supostamente mais próximas). "Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém". Eu acredito nas pessoas, quando vejo que vale a pena acreditar. E estas, acreditam em mim. E se me ligarem 50 vezes, a contar o mesmo problema, ouvirei sempre. Porque o problema também é meu. Porque posso fazer parte da solução ou minimizar o problema, por escassos segundos. Mas aliviei. E segundo a segundo, algo começa a tomar forma...

Mind the Gap, Mind the Trap, just Mind That!

FYI - Global Gender Gap Report 2006 - if you really mind the gap... :-)


The report measures the size of the gender gap in four critical areas of inequality between men and women:

1) Economic participation and opportunity - outcomes on salaries, participation levels and access to high-skilled employment

2) Educational attainment - outcomes on access to basic and higher level education

3) Political empowerment - outcomes on representation in decision-making structures

4) Health and survival - outcomes on life expectancy and sex ratio

The report and individual country profiles are available free of charge online at http://www.weforum.org/gendergap

terça-feira, março 06, 2007

Dói-me a alma, meu corpo está a ser conferido

dói-me a alma
não encontro calma
é um mal estar perturbante
que me deixa inconstante
deambulo pelo meu espaço
vejo tudo escasso
penso em algum embaraço
e continua a ser o meu espaço
sinto-me cansada e vestida
o que deixa a minha pessoa "contida"
assusta, sentir-me perdida
sabendo que me dói a vida
não me deito, não quero sentir-me num catre
e sentir que me embate
não avisto um fim da estrada
não se faz luz, não ajuda nada
só que é de dia, o sol não insistia
mas até um cego mostrar-mo-ia
uma auto-análise: não é histeria
visto de fora, ninguém diria
preferia estar despida
tremendo e sem saída
temendo e sem guarida
talquemente alma penada
que vagueia pelo mundo do nada
porém, identificada, catalogada
sabe-se que mora no vazio
e que flutua como por um rio
e se eu não sinto o que sinto
admitamos: o mundo eu finto
ao meu choro eu minto
pois sei o que sinto:
nada... diz-me o meu instinto
e com este, eu não brinco
se a ele fujo, o meu ser jamais será distinto
e em vez de dor, sentirei o meu ser extinto
volúvel como "hermosa" botella abierta de vino rojo, tinto
infantilmente desperdiçada, tresmalhada
e no fim de idade adulta, recordada
adivinhando vestígios, de uma (dí)vida saldada
espelhada num líquido vermelho, como sangue
contudo, não exangue
pois se saldada está a vida
não deixámos nada em dívida
até lá, ou por hoje, a minha negritude está lívida
dói-me a vida, mas sinto-me menos desvivida...

domingo, março 04, 2007

O 1º Dr. House, mas mais bronzeado! :-)


Para os que cá estiveram na sexta, a jantar, a tal série de hospitais, que era muito ao género do nosso manco House, era: Gideon's Crossing, com o actor - Andre Braugher, cujo nome nunca retive na minha tola. E o tal filme que eu falava, era "O Julgamento de Jackie Robinson" - 1990, em que ele era uma estrela de basebol, vai para a tropa e vai a tribunal militar, por assuntos ligados a segregação.


Pena a série ter terminado. Até gostava e ele também era o "cabeças", mauzão, frio e teimoso. E também tinha uma "doença", de estômago. Andava sempre a tomar comprimidos (hum...sounds familiar...), que dizia que eram para a azia. O último episódio que vi, ele cai "redondo" no chão do hospital e está a ter um ataque!!! Coitado! Mas o gajo recuperou :-) , pois estreiam 2 filmes com ele este ano - uma sequela dos "Fanstáticos 4" ou 5, acho que vão entrar mais dois, porque é mais barato há meia dúzia... e um com argumento do Stephen King.
See U

Operadores Móveis

Sou só eu ou também vos apetece, por vezes, processar a TMN, Vodafone, Optimus e o raio que o parta?! Ando a ficar farta de receber sms's para entupir a inbox, toques e toques e toques de números desconhecidos, de cartões e sem dados, claro, chego a conseguir falar com os anormais - que não são putos, mas gente com idade para ter juízo e ir no 2º divórcio! Fico doida!

Depois de x números diferentes dados pelas ditas operadoras para descobrires os dados que, ta dah, nunca existem, acabamos por gastar dinheiro em chamadas e nada. Pergunto se é possível bloquear esse número, não, não é, é a resposta da praxe! Estou a pensar seriamente em apresentar uma ou duas queixas-crime. Hoje falei para um dos nºs que me anda a chatear - 3x, com 3 pessoas diferentes - pai, mãe e filha. Família disfuncional ou gente a precisar de levar umas "bolachas"?! Ai, que eu quando meto uma coisa nesta cabeça... Ai se vos apanho... :-)

Vou comer uns torresmos para acalmar...O quê? Não gostam? Nojento?! Não sabem o que perdem!