sexta-feira, novembro 03, 2006

A vida, sem aspas,

não teria piada nenhuma. No entanto, existem mais coisas além das aspas, sem as quais ela perderia piada, a vida. Os pontos de interrogação, de exclamação, as reticências, os travessões, os hífenes,os parêntesis... E por piada, entenda-se, desafio, emoção, comoção, desilusão, ilusão, confusão, distracção, acção, opinião, comunicação, relação, ralação, tédio, alegria, movimento, inércia, torpor, inépcia, mentiras, verdades, infidelidades, irmandades, dor, horror, amor... Tanta coisa... Sem as aspas, como poderia ser possível, muitas vezes, distinguir as coisas? Estejam elas presentes ou não, as aspas, elas dão um certo tom, um timbre, às coisas. E, cada um, apanha o tom como bem entender. Alinhados, afinados, desafinados ou desalinhados, cada um lá chegará. Ou não...

Faz tudo parte da vida. Pelo menos da minha faz. Encaro todas estas frentes, da mesma maneira: partindo sempre de mim e voltando, acompanhada ou não, para mim. Eu sou o ponto que completa a circunferência, a minha existência.

Diz um tipo esperto, "everybody see pain and walk away" Eu não. Somos amigas há muito tempo. E já temos dado umas boas gargalhadas juntas. Digo isto sem reticências ou aspas, mas antes com um _________________
ponto final

1 Comments:

Blogger iC said...

e com toda a "piada" nós iremos sempre acompanharmo-nos até ao fim da nossa vida.

2:51 da tarde  

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