sexta-feira, outubro 27, 2006

You cannot find peace by avoiding life


Compreendo-te cada vez mais, no entanto, continuo a conhecer-te sempre da mesma maneira, olho e vejo sempre o mesmo perfil. E sei que há mais, muito mais, para ver e viver. Há uma energia revolta dentro de ti, mas que está presa e grita, amordaçada, para ser solta. Quando te olhas ao espelho, à noite, à média luz, procurando ver o minímo possível, não consegues deixar de ver que, atrás, bem chegada a ti, roçando o teu corpo, causando um arrepio na tua nuca, está a tua alma, o teu verdadeiro ser. E as palavras, os cânticos, os sermões, os palavrões que sussuram, são reais e assustam-te. Tens medo que, um dia, e mesmo às escuras, surja um clarão e dás de caras contigo. Passaram-se muitos anos, foram muitas as vivências vividas separadamente em conjunto...mas nunca foram feitas as apresentações.

Please aloud me to introduce myself, ouvirás tu. Quem sou eu?, perguntarás "eu"? E "eu" responderá: Eu? Sou eu... somos "nós" entrelaçados, sou a corda que estica e estica, que me amarra, que era grosseira, mas durou tanto quanto as primeiras galochas que me compraram, quando era menina e moça, por meia dúzia de tostões, mas que estimei até ao seu último passo, pelo meio da chuva, num inverno frio e cinzento. Mas não esperava encontrar-me hoje, aqui e pensei que nunca me iria conhecer. Afinal, por aí fora dizem, "se não se reconhecer algo, a sua existência, é impossível mudar". E eu nunca me conheci, quanto mais reconhecer... E mudar? Mudar o quê? Para quê? Porquê? Por quem? Por ti...e pelo vento que sopra e levanta os teus cabelos e que te faz sentir medo de saber que existes, que estás viva, que mesmo que não queiras, ganhaste, algures, numa raspadinha celestial, o direito à vida. E por vida, entenda-se, a optar, a escolher, a divagar, a errar, a amar, a ser amada, mas sempre na 1ª pessoa. Porque é o "eu" que conta. É uma questão de matemática: eu+o teu eu= tu. eu+o teu eu outro eu= nós... e por aí fora. O "eu" é tudo. E tu, és tudo... E eu choro, por ti. Mas sou "eu" quem chora...

- Why does someone has to die? In your book, you say someone has to die. Why? It does a stupid question?
- No.
- Well?
- Someone has to die in order to the rest of us should value life more. On the contrast.
- And who will die? Tell me?
- The poet will die. The visionary.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Teste

12:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá Mansinha querida :) Estou a fazer um teste no teu blog. Adorei o que escreveste...

Um beijinho grande

Ana Paula

6:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Fiquei comovida ao ler o que escreveste sobre e para mim...

Amigas como tu há poucas, felizmente, tive a felicidade de te ter encontrado no meu caminho...

Lembro-me da primeira vez que te vi, gostei logo de ti e ainda não tinhamos trocado uma única palavra

Há pessoas que nos marcam para sempre, tu ficarás para sempre na minha vida

Um beijinho

a.p.v.

7:39 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home