quinta-feira, fevereiro 22, 2007

E por falar em fichas técnicas...

Vi o "Volver", do "maestro"Almodovar, ontem, pois vejo os filmes sempre muito depois de já terem saído do cinema. O que não faz mal. Posso estar no meu sofá, com os gatos, com um bule de chá, posso chorar se me apetecer, rir alto e em bom som e fazer pausa para ir ao water closet. Para mim, este cineasta é um génio que me apraz, é os “AIR” da música, o Rufus Wainwright, o Tom Yorke, a Tori Amos, o Mozart, o Bach, o Monteverdi, o Handel, o Seinfeld da comédia, os Monty Pythons, o Black Adder, tudo pequenos génios que a mim, nunca me desiludiram. E lembremo-nos, ninguém é perfeito. Por isso, Beck, volta, serás sempre perdoado.

A história é sempre a mesma, igual à dos outros filmes. O que é óptimo! Há sempre um “volver” que me agrada, sacode, nunca me tira da realidade e isso dá-me segurança. Porque durante os seus filmes viajo, sem cinto de segurança, mas acabo sempre bem: a ver a ficha técnica e mortinha para comprar a banda sonora. É um dos realizadores que não quero que me surpreenda, percebem? É como pedir um Martini Bianco e este passar a vir com um tremoço espetado num palito, em vez de uma azeitona. “C’um caroço”, diria eu.

Ouvir a música “Volver” de Carlos Gardel, para variar, remexeu com as minhas entranhas e derramou lágrimas que acariciaram a minha face.E não sei, mas quando vistos de dia e em casa, certos filmes, tornam-se mais fortes. E o seu estilo, é cru, real, cinza escuro, mais grotesco e não tanto cómico. É tão fácil confundir o grotesco com o cómico. Não me considero grotesca, nem cómica, estou in between. Mas necessito dos dois lados. Necessito do sarcasmo, da ironia para aceitar algumas coisas como elas são e necessito do cómico para, ao mesmo tempo, conseguir trazer alguma alegria à minha vida. É uma questão de equilibrio, de encontrar a medida justa. E aprendo sempre “algo más” sobre a vida, no geral, sobre as pessoas e sobre mim.
Pela 1ª vez pensei – “ a Penélope Cruz é linda”. E o Tom Cruise para continuar com ela, teria que ser um misto do seu personagem em “Danos colaterais” , “Magnolia" e "Entrevista com o Vampiro". Mistura estranha? Não sei. Mas acho que desse mix, sairia algo de jeito. Agora, com a sua cena de “Top Gun” e “Rain Man”...Naaaaaa. Nem com uma pitada de Vanilla Sky.

Já agora, vejam o filme “Animal”, só para ver o desempenho do Diogo Infante. Dá-nos só uma pitada do quão longe ele ainda irá, mas aguça-nos o espírito. Ainda que faça de mauzão... Afinal, elas gostam é dos maus rapazes, não é?

Estou a “curtir” Gorillaz, Demon Days – vou na música 5 e 6 (ando para trás e para à frente...). Sinto-me bem e como diria o Dirty Harry (nome da 5 e de... bem, vocês sabem) – "You've got to ask yourself one question: 'Do I feel lucky?' Well, do ya punk?" – Sim, sinto-me bem!!! – Daí a sequência da música 6.

Hasta la vista, baby!

2 Comments:

Blogger Gonçalo Franco said...

É... Estou de acordo sobre o Almodovar:) Que o martini traga a azeitona!
E por falar em Demon days... vou por o disco a tocar só por causa de ti!

3:32 da tarde  
Blogger Tokitoka said...

E pela tua atenção, vou beber um martini, c'um caroço! :-)

11:26 da tarde  

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