sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Já que aí vem o Carnaval...

pelo menos um gostinho daqueles ares, mas calmo. Desde criança que ouço Chico Buarque e que se pudesse, guardava cá em casa, não num canto, mas no meu quarto, cantando para mim todas as manhãs, para me acordar. Um bocado egoísta, eu sei. Felizmente não é possível este meu devaneio, porque há coisas que não têm "dono", que não se deixam agarrar, mas aprisionam os nossos corações.

Ainda não sei pôr ficheiros de música, mas tenho a certeza que quem gosta dele, terá música sua, em cd ou no seu coração. Esta letra e música, é linda... Hoje é o dia do Chico, Buarque, para não haver trocadilhos!


O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz


p.s - Não precisas de dizer nada. Eu sei. Eu também te amo.

5 Comments:

Blogger Gonçalo Franco said...

Este comentário foi removido pelo autor.

3:23 da tarde  
Blogger Gonçalo Franco said...

por falar em Chico buarque e em Carnaval:


"Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada
paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui
sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos
ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que
erasubtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito
penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia,
afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante
epidemia que se chamava carnaval, o carnaval, ocarnaval
Vai
passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos
napoleões retintos e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem
olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da
liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, o lelê, ai que
vida boa, o lalá
O estandarte do sanatório geral vai
passar
Ai que vida boa, o lelê, ai que vida boa, o lalá......"

3:24 da tarde  
Blogger iC said...

obrigado Nina! Já não tenho que usar a lupa para conseguir ler o que escreves.

1:28 da manhã  
Blogger taizinha said...

Tens de aprender a colocar música aqui!
Gostei: porque há coisas que não têm "dono", que não se deixam agarrar, mas aprisionam os nossos corações. Tão verdade!

4:53 da tarde  
Blogger Tokitoka said...

Taizinha, tens razão. Mas este pc é tão mau, que escrever já é um milagre. E com o google sempre a falhar....

Prometo que aprendendo, a.s.a.p.

6:33 da tarde  

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