quarta-feira, janeiro 24, 2007

Ainda 3 de Janeiro, momentos e amor...

Já tinha escrito isto antes, para outro amor meu. Este ainda não descobriu que o amo, mas tenho esperança que o tempo o dirá. Bullshit... O tempo, em certas coisas, nada nos diz. A não ser, estás atrasado, já partiu e todas as tuas memórias foram com ele, ou porque ainda não partiste, o teu tempo já passou.

Confesso que, de momento, não tenho feito esforços para mostrar-me ao tal amor. Mas, também sou gente e não sou de ferro... Até choro ao escrever isto. São as tais defesas para os conhecidos... Estou à espera do nosso desencontro, num lugar comum, em nenhures.Bem, tal como o post anterior, este vai para todos, para mim, para os momentos a 3 de Janeiro. Mas este, ainda que passe por nós,
irá directamente para V, amealhar as partículas de momentos lá passados, fará ricochete e ressoará, silenciosamente, por todo o tempo e espaço, passando por P e B e todos aqueles que não lá estiveram.


El Breve Espacio

Todavía quedan restos de humedad
sus olores llenan y mi soledad
en la cama su silueta si dibuja cual promesa
de llenar el breve espacio en que no está.
Todavía yo no so sé si volverá
nadie sabe al día siguiente lo que hará
rompe todos mis esquemas
no confiesa ni una pena
no me pide nada a cambio
de lo que da.

Suele ser violenta y tierna
no habla de uniones eternas
mas se entrega
cual si hubiera sólo un día para amar.

No comparte una reunión
mas le gusta la canción
que comprometa su pensar.

Todavía no pregunté: te quedarás
temo mucho a la respuesta de un jamás
la prefiero compartida
antes de vaciar mi vida
nos es perfecta mas se acerca
a lo que yo simplemente soñé.

Pablo Milanés - Antología - "El Breve Espacio"

Este cd, faz parte de mim, da minha vida, da minha alma, do meu corpo. De forma excruciante e ternurenta, mina as minhas defesas. A minha boca fica com secura, o seu palato, o seu da boca, dói e está quase paralisado, a minha laringe fecha e respiro, em pequenos intervalos sucessivos e inaudíveis. Sinto as toxinas sairem do meu corpo, através das lágrimas que percorrem e acariciam a minha face. É algo muito meu, que me acompanha desde muito cedo, como música de fundo, em momentos violentos, agressivos, cheios de amor e de vida. Pois isto é a vida. Embarco numa viagem quando o ouço e é única: eu entro, sento-me, e saio quando me apetecer, apesar de estar paralisada. Temos um acordo, nada me prende, mas ao entrar no meio da sua música, tenho de voluntariamente deixar que me torture. E em troca, este não me desilude, nem ilude. Existem bilhetes de ida, de volta e só de ida. A escolha é minha, pois sou eu quem o põe a tocar, quem inicia a viagem. Sou eu o maquinista, o homem dos bilhetes, sou eu em manda parar o comboio nas paragens. E agora, vou sair. Já fiz duas "viagens" e sinto as cordas a magoarem-me os braços... É tempo de ir sarar as feridas e pôr as memórias de volta ao baú correcto.

2 Comments:

Blogger Tokitoka said...

O que já tinha escrito anteriormente, era a letra da música que aparece abaixo. Passei para a nova versão do blog,com o google e isto só dá erros... Não consigo escrever em condições,não guarda o que escrevo,rrrrrrrrr! :-)

bem, a ver se não demoram uma eternidade a reparar isto.

11:40 da manhã  
Blogger Gonçalo Franco said...

... passo por aqui todos os dias... todos. Passou a fazer parte, aqui vir...

11:02 da tarde  

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