domingo, maio 13, 2007

Maternidade - esse milagre

Não tem nada a ver com o dia de hoje - aliás, o dia de hoje é na realidade sobre o quê? Expliquem-me... A mim, só me ocorre um chorrilho infindável de lenga-lengas monocórdicas e a dor que me provoca nos ouvidos - desculpem esta minha ousadia.

Há dias, a Fátima Lopes, estilista, falava na TV, sobre sucesso e sobre o que gostaria de fazer se não tivesse seguido este caminho. Dizia que, provavelmente, seria algo ligado às artes plásticas ou, pelo menos, algo que envolvesse criatividade. E, comentava, sem querer ferir susceptibilidades que e cito "muitas mulheres sentem-se realizadas com a maternidade (...) eu preciso de algo mais" - é possível fazer e ser mais do que isso. As palavras poderão não ter sido ipsis verbis, como as pus, mas o pensamento era este. Ela não disse que não queria ser mãe (não sei se é), mas que procurava mais coisas. Talvez, talvez quisesse dizer que, a missão maior das mulheres não é a maternidade. Ou seja, dá-se à luz uma criança, somos heroínas e cumprimos o nosso papel.

Cada vez mais, vejo as pessoas a vangloriarem o papel de "Mãe", ainda que estas, as "progenitoras", sejam as maiores bestas do mundo. Quando uma besta (fêmea) engravida e lhe cresce uma barriga, passa logo a bestial... Tenho uma "besta" como vizinha (eu sou mázinha, eu sei) que, de acordo com as suas próprias palavras - é uma fornicadora - que está grávida. Tem sido e continua a ser, uma besta para com todas as pessoas do prédio, incluindo com o seu "something", que vive com ela há 7,8 meses. No entanto, ontem à tarde, só se ouvia a conversa entre a bestialmente grávida e as vizinhas de 2 prédios à frente. E o tom e timbre de voz das "comadres", é penosa e excruciantemente, penetrante nos ouvidos de qualquer um. No entanto, apesar do seu presente volume, os seus hábitos de besta, continuam. A qualquer hora do dia, o prédio treme, quando a futura primípara entra ou sai de casa. "Elvis just left the building".

Ser "Mãe", aka - "já não és virgem, como dá para ver" ou "gostas pouco gostas" ou "eu não te avisei?", é realmente um "certificado de maturidade, responsabilidade e pessoa-modelo"? Continua a ser o "grande objectivo e desafio, concedido e 'concebido' para as mulheres"? É a oportunidade de a mulher começar de novo ou começar alguma coisa na sua vida? Muda realmente? E se sim, essa mudança não pende para os dois lados, postivo e negativo?

Bem, se um dia engravidar, primeiro conto todas as coisas más que fiz ou que penso, a todos que conheço e, logo de seguida, mostro-lhes o resultado do teste positivo de gravidez. Vou começar pelas infidelidades. Mas primeiro, tenho que as cometer.
Já venho. Vou fazer uns telefonemas! :-)

Certo dia, uma tipa, "minha desconhecida" sussurou - "aproveita agora". E eu, com um olhar "o quê?" e ela, "aproveita, enquanto ainda não casaste." - ou seja, vá, salta a cerca... E o Rodrigo, ao meu lado. Será que ela já é casada e tem filhos? :-)

5 Comments:

Blogger eloi said...

Essa do "aproveita agora" é de rir!... essa pessoa alguma vez teve em mente a palavra "respeito"?!? Ê pá... vê-se mesmo que não vos conhece!

3:26 da tarde  
Blogger Tokitoka said...

Nem sei que adjectivos posso usar para "qualificar" estas pessoas. Sei sei que posso quantificá-las, são muitas...Não as posso censurar, tendo em conta que, cada cabeça a sua sentença e cada um faz o que quer. Às vezes penso que sou "conservadora","idealista",não sei o que dizer. Mas só "mostro" esse "lado", que muita gente detesta, pois sente-se ofendida e revertem os papéis, quando, depois de casadas ou de serem pais ou mães, "criticam" destrutivamente,as pessoas que têm exactamente os mesmos comportamentos que eles tinham antes da sua "absolvição" dada pelo casamento ou maternidade. E claro, que dá-me vontade de dizer, olha lá, lembras-te de...

Enfim. Mas, já aprendi que calar é a melhor solução. São poucas, muito muito poucas, as pessoas que eu conheço, ou seja, minhas amigas que, infelizmente, eu penso que valha a pena falar sobre isso. Receberiam como "critica" ou como atitude de arrogância. Tanto pensam assim, que não me "contam", as suas aventuras. E como te digo, não critico nem censuro. Se me contarem ouço e pouco mais. Conhecia uma pessoa que fez isso comigo e gostei. Sabia qual o meu pensamento, o que não impedia de me contar as suas coisas. porque sabia que se eu dissesse algo, seria no sentido de alertar para perigos, pouco mais.

3:51 da tarde  
Blogger Gonçalo Franco said...

bom... essa fez-me lembrar uma situação que se repetiu 2 vezes no mes de Abril... Duas pessoas que nem se conhecem e em lugares completamente diferentes perguntaram-me porque razão tinha vindo para a Polónia se em Portugal há mulheres tão bonitas...? E isto, ao lado da Marzena - uma pessoa nem acredita quando assiste a uma situação destas.

12:25 da tarde  
Blogger Tokitoka said...

A inveja, é um pecado muito feio...e em qualquer parte do mundo. É o que têm de "bom", de expectável, as más acções e "pecados" - são constantes e coesas, pois são más, em qualquer lugar, sobre qualquer coisa, ditas ou feitas por qualquer criatura.

As pessoas vivem das aparências, o que interessa é a embalagem. Não o pacote, que é diferente da embalagem. Por pacote, entenda-se, o todo, as somas das várias partes. O Homem é um animal e continuará a comportar-se como tal, até ao fim dos seus dias. O Homem(que inclui a Mulher), procura, caça a sua parceira(o), tendo por principal critério o seu corpo, a sua capacidade para procriar. E a seguir, o resto, se chegar, chegou. Até me admira como é que essa pessoas não pediram, gentilmente, para ver a dentição da Marzena! :-)

Algo me diz que essas pessoas não são muito "felizes"...

3:43 da tarde  
Blogger Gonçalo Franco said...

não sei, são pelo menos pessoas muito estranhas... pelo menos para mim :/
e há um bocadinho de falta de educação...

7:36 da tarde  

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